À parte o mal-estar vivido pela classe docente, constantemente enxovalhada por sucessivas arbitrariedades ministeriais, pondo quotidianamente em causa o seu brio profissional, a sua dedicação e empenho, o seu papel fulcral numa sociedade que se vai despindo paulatinamente de valores e referências, quer pela demissão de alguns encarregados de educação do seu papel formativo, quer pelo lacunar apoio à família que o Estado concede, quer ainda pelas diversas apetências que seduzem os nossos jovens e os conduzem a ínvios percursos, à parte tudo isto, saudamos toda a comunidade escolar, pois tempos obscuros nos rodeiam.
O nosso jornal, integrado no Projecto de Informação e Comunicação – P.I.C.O. -, que possibilita a participação mais activa dos alunos, contempla agora 16 páginas, contando com a inestimável parceria da DUECEIRA.
Neste número iremos viajar até à Serra da Lousã, acompanhando o Clube da Floresta; espreitaremos o Halloween, não esquecendo o Dia da Alimentação e a importância de que se revestem os bons hábitos numa vida saudável; o "Outono na Floresta", com cheirinho a castanhas e a folhas pardacentas; as Olimpíadas da Floresta e da Matemática; leremos a poesia dos nossos alunos e não só, no Cantinho dos Poetas; assim como não esqueceremos as sessões de esclarecimento e de sensibilização dirigidas aos encarregados de educação, que têm ocorrido à escola para reflectir sobre temáticas tão pertinentes para o inefável percurso da adolescência.
E, the last but not the least, recordaremos o encontro dos alunos do 1º ciclo com a escritora Maria Isabel Mendonça Soares, que autografou o seu livro O castelo do queijo e distribuiu simpatia entre os leitores mais jovens, que tiveram, muitos deles, um primeiro contacto com a Literatura.
Com livros terminaremos, aludindo à Feira do Livro realizada na escola sede, na biblioteca, entre 27 de Novembro e 6 de Dezembro, visitada por muitos funcionários, docentes, alunos de todo o Agrupamento e de todos os ciclos, bem como alunos e professores da E.T.P.Z.P. Além da excelente oportunidade de se adquirir livros a preços convidativos, podemos sempre folhear, cheirar, mirar os livros e recordar com Daniel Pennac que:
O tempo para ler é sempre um tempo roubado. (Como aliás o tempo para se escrever, ou para amar.)
Roubado a quê?
Digamos que ao dever de viver.
Boas Festas!
Ana Isabel Oliveira